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Idosa detida em flagrante por injúria racial é liberada da prisão após audiência de custódia em Natal



Mulher de 64 anos foi levada à delegacia e presa em flagrante na terça-feira (31), após chamar estudante de "macaco", segundo denunciou a vítima. Central de flagrantes da Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal Francielly Medeiros/Inter TV Cabugi A idosa de 64 anos presa em flagrante por injúria racial, na última terça-feira (31), foi liberada da prisão durante uma audiência de custódia realizada na tarde de quarta-feira (1º) em Natal. Segundo a polícia, o crime foi cometido contra um vizinho da mullher, um jovem de 18 anos, estudante de educação física. Felipe Santiago, de 18 anos, afirmou que foi chamado de "macaco preto, macaco seboso e lixo". Na audiência de custódia, o juiz considerou que o conjunto de provas levantado até então não seria suficiente para determinar uma prisão preventiva contra a mulher. "Entendo que a sua liberdade não implica em risco para a ordem pública, para a investigação ou instrução criminal ou para a futura aplicação da lei penal. Assim, não vislumbro a existência dos requisitos que possibilitam a decretação da prisão preventiva", considerou o magistrado. Relato da vítima Felipe Santiago, de 18 anos, denunciou vizinha por injúria racial, em Natal Inter TV Cabugi/Reprodução De acordo com o estudante de educação física, o crime de injúria teria ocorrido durante uma discussão entre vizinhos. "Ela me criticou, criticou, e passou a me chamar de macaco preto, macaco seboso e lixo. Foi um choque. Não é uma coisa de se esperar. Em minha vida, nunca aconteceu isso comigo. E eu tive que fazer o certo, que é contactar a polícia", afirmou em entrevista à Inter TV Cabugi. Após ser acionada e ouvir a vítima, a suspeita e testemunhas, que teriam confirmado as ofensas, a Polícia Militar conduziu a mulher à delegacia, onde ela recebeu voz de prisão em flagrante. O delegado não pode aplicar fiança nesse tipo de caso. "É uma situação bem difícil. Infelizmente, não aconteceu só comigo e amanhã vai acontecer de novo. Realmente, só Deus no coração dessas pessoas, para elas mudarem esse pensamento. Eu me orgulho (de ser negro), é uma identidade minha e o certo a se fazer é isso. Não posso abaixar minha cabeça", declarou o rapaz. Polícia Civil conclui que moradora que denunciou agressão em condomínio em Natal foi vítima de injúria racial e lesão corporal O crime O estudante acionou a Polícia Militar por volta das 16h da terça-feira (31), após ter sido alvo das ofensas racistas em uma briga de vizinhos, no bairro Planalto, na Zona Oeste de Natal. A mulher confirmou a versão dele aos policiais, foi levada à delegacia de plantão da Zona Sul da cidade e recebeu voz de prisão em flagrante. Um familiar da suspeita, que pediu para não ser identificado, argumentou que a idosa tentou defender o marido, na discussão, e seria uma pessoa de "pouca instrução". Segundo a Polícia Civil, a injúria racial é a ofensa a alguém em razão da raça, cor, etnia ou origem. Uma lei sancionada em janeiro aumentou a pena para injúria racial. A lei equipara a injúria ao racismo. A pena é de dois a cinco anos de prisão e pode ser dobrada se cometida por duas ou mais pessoas. Veja os vídeos mais assistidos no g1 RN


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