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CPI da Covid no RN ouve diretor e gestora do Lacen sobre quantidade de testes adquiridos durante pandemia



Parlamentares também questionam sobre processo de compra. Nesta sexta (20) eles devem definir quem serão os depoentes da próxima semana. CPI da Covid ouviu novos depoentes nesta quinta-feira (19) João Gilberto A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Rio Grande do Norte ouviu nesta quinta-feira (19) o diretor administrativo do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Derley Galvão, e a gestora de compras, Cristiane Felinto. Os dois foram ouvidos na condição de testemunha. Os dois foram questionados pelos parlamentares sobre qual o parâmetro foi escolhido para definir a quantidade de testes Covid que deveriam ser comprados. O diretor administrativo explicou que os 100 mil testes adquiridos durante o pico da pandemia em 2020 foram baseados na grande quantidade de casos no estado. "Se há irregularidade, onde está o dano ao erário público? Os testes não foram usados? Não foram úteis à população? São questionamentos que fazemos porque, ao nosso ver, não há indícios de fraudes", falou o relator da CPI, Francisco do PT. Os parlamentares Kelps Lima, presidente da CPI, e Tomba Farias voltaram a abordar a diferença entre duas entregas de pacotes de cotonetes para os testes swab, o que foi tema da sessão de quarta. Um dos pacotes, com 250 caixas, pesava 18 quilos. Outro, com 200 caixas, pesava 20 quilos. Entrou em pauta novamente também a forma como a compra foi feita, sem licitação, o que era permitido pelo regime de urgência. Para o presidente da CPI, Kelps Lima, faltou mais transparência no processo de compra e na documentação apresentada. Ele falou sobre a ausência de e-mails encaminhados para a solicitação de orçamentos para empresas que poderiam executar o serviço, o motivo que aponta pelo qual somente uma empresa, que foi a vencedora, encaminhou as certidões que avalizavam a prestação do serviço. O parlamentar falou ainda sobre uma nota fiscal da empresa vencedora que teria sido utilizada para embasar os preços praticados no mercado. O deputado Kelps Lima disse que cobrou informações sobre quem anexou as notas fiscais da empresa e quem teria solicitado a proposta, mas não teve a confirmação. "Perguntamos às duas pessoas que trataram diretamente sobre o processo e nenhum dos dois sabem quem colocou esta nota como sendo uma proposta. Por isso que estamos requisitando mais informações, assim como também solicitamos o arquivo referente a pesquisa, que teve 49 buscas, mas somente três foram utilizadas", disse Kelps Lima. Durante a sessão, também foi citada a possibilidade da antecipação da análise da compra de respiradores pelo estado por meio do Consórcio Nordeste. A proposta foi feita pelo relator, deputado Francisco do PT. Os deputados também aprovaram requerimentos para a modificação da condição de testemunhas para quatro representantes de empresas, que serão ouvidos pela CPI na condição de investigados. A expectativa é que na sexta-feira (20) sejam confirmados os nomes das próximas pessoas que serão ouvidas. Os depoimentos voltam a acontecer na próxima semana. Veja os vídeos mais assistidos do G1 RN nos últimos 7 dias


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