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Candidatos do PODEMOS dizem que Styvenson é “neocoronel” em novo embate judicial

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O que parecia ser uma eleição tranquila para os candidatos a vereador do PODEMOS em 2020, desmanchou-se no ar. Tendo como referência o capitão Styvenson Valentin, senador eleito com mais de 745 mil votos pelo Rio Grande do Norte, e que ficou conhecido pela rigidez quando coordenador da blitzen da Lei Seca, o partido sonhava em chegar ao poder Executivo local com a empresária Bianca Negreiros, mas esta foi alijada do processo em um episódio constrangedor capitaneado pelo próprio senador.
 
Insatisfeito com o desenrolar dos acontecimentos em Mossoró, Styvenson, que é presidente do PODEMOS no RN, não registrou as candidaturas a vereador no prazo estipulado pela Justiça Eleitoral e todos tiveram que requisitar o registro individualmente. Isso sem falar que o próprio senador determinou que aquela ou aquela que quisesse vincular sua imagem à campanha teria que motivar o pedido por escrito.
 
E não ficou só nisso: disse o parlamentar que não tinha interesse em prejudicar ninguém, mas destituiu o diretório do partido em Mossoró. A Justiça Eleitoral foi chamada a se manifestar e o juiz Vagnos Kelly, da 34ª Zona Eleitoral, enxergou não ter sido correta a forma de destituição do diretório do PODEMOS local. O senador recorreu da decisão e se conseguir a dissolução do diretório, Styvenson pode provocar a rejeição dos registros de candidatura da chapa proporcional da agremiação partidária.
 
Ontem, por intermédio da assessoria jurídica, os candidatos voltaram a reforçar ação ordinária com pedido de tutela provisória de urgência, que tramita na Justiça Eleitoral, censurando a atitude de Styvenson, apontando que “ (...) Tudo que não 

se esperava da Nova Política era a truculência e as velhas práticas partidárias, em que o partido não passa de mero apetrecho de poder dos seus caciques, inebriados pelo poder e pelas mazelas da herança colonial brasileira, marcantemente patrimonialista, em que não se distinguem o público e o privado (...)”. Eles veem o senador Styvenson Valentim inserido na categoria dos “neocoronéis” da política, surgidos após os atos de 2013 (conhecidos como as “Manifestações dos 20 Centavos”), e que age despoticamente já que mesmo sendo presidente do PODEMOS não é ele em si um órgão partidário para tomar decisão tão drástica e que não seguiu os trâmites corretos conforme decisão liminar do juiz Vagnos Kelly.
 
Não bastasse essa “correria” para manter suas candidaturas ativas, em breve outro embate acontecerá: o direito que tem os candidatos ao Fundo Partidário Eleitoral, assunto proibido pelo senador Styvenson. Pelo visto, Valentim acredita que dinheiro nasce em árvores para que todos possam bancar suas campanhas.
 
 

Fonte: Emerson Linhares / Diretor de Jornalismo da Rádio Difusora

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